Se não quer melhorar a taxa de conversão do seu site através do copy, garanto-lhe que não vai querer ler este artigo!
Não tem a certeza da diferença entre a escrita web e a
escrita impressa?
Não sabe como conseguir impato imediato nos leitores através
do que escreve?
Para aprender como criar o copy mais temido pelos
outros blogs, email marketing experts e meios sociais, Mark Brownlow, tutor do
Curso Online de Copywriting do site Smart Insights dá-nos as suas dicas sobre:
·
Como testar a eficácia dos seus conteúdos
·
Quando escrever textos mais longos e quando deve
curtar, curtar, curtar
·
O fator crucial que deve considerar quando escreve títulos
E muito mais…
Como bónus especial, no final da entrevista, poderá ainda
encontrar as 10 dicas essenciais para curtar o tamanho dos seus Tweets sem
curtar na qualidade. Divirta-se!
1. Qual a principal diferença entre a escrita
web e a escrita impressa?
A principal diferença é a velocidade. Não existe margem
para gastar demasiado tempo a pensar sobre como conseguir a atenção do público
online.
Hoje as pessoas têm à disposição uma série de
alternativas – outros emails, posts de blogs, entradas no facebook –, pelo que
conseguir prender a sua atenção tão rápido quanto possível tem de ser regra!
2. Quais as implicações práticas do
copywriting do mundo online?
As pessoas precisam de estruturar os seus textos para
conseguir atenção imediata.
No online, importa que o processo de leitura seja o
mais fácil possível, através de títulos atrativos, ressaltes e destaques
capazes de surpreender, imagens, sub-títulos e negritos.
Permita que as pessoas percebam que não lhes vai pedir
tanta energia quanto poderiam julgar, e que vão conseguir encontrar a
informação de que precisam de forma rápida. A informação chave ou os benefícios que o produto oferece têm de vir no primeiro parágrafo, no início de um título
e, no caso de um email, no campo destinado ao assunto.
Isto é crucial – se não o fizer, o seu público deixá-lo-á para a ‘opção ao lado’.
Isto é crucial – se não o fizer, o seu público deixá-lo-á para a ‘opção ao lado’.
3. Como
explica que tantas pessoas tenham falhado na sua tentativa de ajustamento a
esta nova forma de escrita do mundo digital?
Penso que, em parte, se deve ao facto de haver uma geração
mais velha que veio de um sistema educacional que dá muito ênfase à escrita
impressa. De uma forma geral, as pessoas costumavam associar a escrita de
qualidade a textos com longos parágrafos.
Para além disso, muitas pessoas fizeram simplesmente a
transferência dos materiais usados no mundo offline, como os livros, e
colocaram o seu conteúdo de forma literal em formato online, assumindo que tal
fosse suficiente – e não é.
Por incrível que pareça, escrever textos curtos leva o
seu tempo.
É mais fácil escrever textos longos, mais detalhados –
ironicamente! Isto lembra-me uma célebre frase de Blaise Pascal – ‘Teria
escrito uma carta curta, mas não tive tempo suficiente’.
4. Qual é o maior erro que as pessoas cometem
na escrita online?
Não perceberem que não estão a escrever para si próprias
mas para o seu público, e os interesses do público podem não ser necessariamente compatíveis com os da pessoa que escreve.
As necessidades do copywriter precisam fluir pelo texto, mas no final, o que importa é o leitor.
Não devemos focar-nos em falar exclusivamente das
funcionalidades que o nosso produto oferece, mas sim dos seus benefícios.
5. É proibido escrever textos longos para a
web?
Em certas situações da vida, existem decisões que temos tomar que exigem muita informação. Antes de comprar suplementos
nutricionais para os meus filhos, preciso de saber muito sobre o produto que
estou a comprar – quero testemunhos e elementos de confiança. Tal como no exemplo anterior, também existem outros cenários onde pode ser preciso escrever artigos longos.
É muito difícil expressar de forma profunda um assunto posts de 200 palavras.
Muitos temas não requerem profundidade de pensamento,
mas se for um negócio de prestação de serviços, ainda existe
lugar para demonstrar conhecimento. Nem toda a gente irá ler o que escreve,
mas talvez as pessoas que está a tentar alcançar o leiam.
6. Qual a importância de testar conteúdos
antes de os implementar?
Existem dois lados da
questão:
1) Se tiver de escolher entre dois textos, testo os dois com testes A/B, para depois escolher o vencedor. Posso testar se as pessoas clicam no botão de comprar ou quanto tempo gastam a navegar na página.
1) Se tiver de escolher entre dois textos, testo os dois com testes A/B, para depois escolher o vencedor. Posso testar se as pessoas clicam no botão de comprar ou quanto tempo gastam a navegar na página.
2) O outro lado da questão diz respeito a desenhar um
teste que diga algo sobre o público que vê o site, informação que possa ser
usada mais tarde, como por exemplo testes sobre como escrever o assunto de um
email. A que palavras o público responde melhor?
É preciso gastar tempo a repetir testes para ver
resultados – o público pode mudar, assim como os resultados podem.
O email é o elemento mais propício de ser testado,
dado conseguir-se ter resultados rapidamente, resultados que também podem ser
usados no copy do seu website.
7. Quando toda a gente está a usar as mesmas
táticas para atrair audiências – como promessas
do género ‘ dicas que não pode perder’ – como conseguimos destacar-nos?
Temos de ter cuidado para não ficarmos colados à ideia
de que tudo o que interessa é o número de cliques e retweets.
Temos de pensar de forma mais profunda. Se as pessoas
estão a fazer retweet mas não estão a ler o artigo, ou se não são o
seu target, os retweets não importam assim tanto. Pode usar muitos títulos como
‘7 formas diferentes’ ou ’10 razões para’ e com isso conseguir muito
tráfego, mas há-que haver um equilíbrio entre o tráfego e o que realmente
interessa.
O meu conselho é que devemos olhar para estas dicas, mas
não devemos seguir exclusivamente esta rota. Não nos devemos focar unicamente nos
retweets, mas pensar também no impacto geral dos últimos 10 posts do blog. Se
tudo parecer estereotipado, existe o perigo de as pessoas começarem a pensar que
o seu conteúdo é igual ao de tantos outros. Especialmente com adjetivos como ‘Fabuloso’ou ‘maravilhoso’ que podem comprometer a empresa.
A qualidade atual do que escreve irá determinar o seu
sucesso a longo prazo.
8. Qual o impacto dos dispositivos móveis na
escrita online?
As pessoas falam que existe uma atenção cada vez menor
da parte do público ao que é escrito, mas
a verdade é que as pessoas também estão a usar os seus telemóveis nos tempos
mortos.
Da perspetiva dos emails, importa fazer tudo o que
está a fazer para a web, mas ainda mais. Existem necessidades de copywriting que
se intensificam. Corte em todo o material que seja secundário ou
desinteressante. Garanta que existe conteúdo
crítico.
Existem muitos emails para ler – importa facilitar a
sua leitura e torná-los suficientemente atrativos para garantir a fidelização
dos seus seguidores. Ler não é assim tão
confortável. Encurte os títulos e parágrafos dos seus emails.
9. Como pode o copy adaptar-se de forma mais
eficaz aos tweets?
Convém não se esquecer de deixar espaço suficiente
para os retweets, para que as pessoas possam adicionar os seus próprios
comentários. Invista tempo a curtar frases e fazer tweets eficazes.
O verdadeiro desafio será garantir que o título do
post do seu blog é ‘tweetable’. De facto, a maioria do conteúdo de hoje é
reaproveitado. Pense nos posts do Twitter ou do Facebook quando escreve o post
e o seu título. É mais fácil fazer tweets de um título ou conteúdo curto. Para que
outras pessoas façam retweet, facilite-lhes a vida! Se tiverem de pensar sobre
como tornar o título retweetable, está a reduzir as hipóteses de o fazerem.
As 10 dicas de Mark Brownlow para
encurtar os seus tweets
1.
Reescreva. Não se contente com o seu
primeiro Tweet. Trabalhe-o e aperfeiçoe-o!
2.
Use sinónimos. Procure alternativas para palavras compridas.
3.
Elimine palavras implícitas e sugestivas como ‘Eu’ e ‘Aquele’
4.
Substitua palavras com símbolos e números. Em vez de ‘quatorze’ escreve 14, etc.
5.
Escreva na voz ativa. Não escreva ‘estão
a usar’ mas sim ‘usam’, não ‘estou a planear’ mas ‘planeio’
6.
Use hashtags para conteúdo. Por exemplo, em vez de explicar que ‘Esta dica é para
marketers farmacêuticos, adicione simplesmente o hashtag #Farmamktg no final
7.
Use abreviações. Por exemplo pode encurtar para ‘eg’…
8.
Use URLs curtos. Através do Hootsuite pode encurtar os seus URLs, tal
como o ow.ly ou o bit.ly ou um serviço similar
9. Arrastar pontos. Em
vez de escrever uma lista complete, use … para deixar claro que há mais opções.
Por exemplo, ‘Dicas sobre
copywriting, email marketing, media…’
10. Use questões. Em vez de frases
completes. Por exemplo, em vez de ‘Atenção, copywriters!’, pode escrever ‘Copywriters?’
Loyty Smarketing!
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